domingo, 7 de agosto de 2011

Mitos e verdades sobre a adolescência

     Em primeiro lugar gostaria de pedir desculpas aos leitores por demorar para postar os textos, hoje vou escrever sobre a adolescência, aquela fase crítica que todos nós já passamos ou vamos passar um dia.
     Muitas vezes as pessoas não entendem muito bem que o ciclo da vida é composto por fases, sendo assim, deixamos de ser crianças para nos tornamos adolescentes e adolescentes para nos tornarmos adultos, nessa passagem ocorre mudanças tanto físicas, quanto intelectual e psíquica. 
     Às vezes pensamos que a adolescência é uma crise passageira, mas não é somente uma crise, quando se está entrando na adolescência (entre 11 ou 12 anos) o indivíduo está se descobrindo, está ocorrendo inclusive a maturação do instinto sexual, marcada por desequilíbrios momentâneos, além dos pensamentos e a vida afetiva estarem florescendo, a todo vapor, o adolescente sente tudo em dobro, em exagero, no ditado popular, para o adolescente è o céu ou o inferno, e isto perturba o indivíduo no início, mas depois, os fortalecem.
     O adolescente é um indivíduo que constrói sistemas e "teórias", ocorre a passagem do pensamento concreto para o "formal", ou seja, até 11 ou 12 anos, as operações da inteligência infantil são, concretas, se referem á própria realidade  em particular aos objetos tangíveis, que podem ser manipulados e submetidos a experiências efeitvas, após os 11 ou 12 anos, o pensamento formal torna-se possível, e as operações lógicas passam do plano de manipulação concreta para o das idéias.
     As operações formais permite ao indivíduo refletir sobre diversas possibilidades, destacando-o e libertando-o do real, permitindo-lhe construir a seu modo as reflexões e teorias. A inteligência formal marca a libertação do pensamento e por isso o indivíduo muitas vezes usa e abusa, no começo, pois descobre a livre atividade da reflexão espontânea.
     Os adolescentes costumam fantasiar bastante e fugir da realidade, mas aos poucos conseguem alcançar o equilíbrio entre o pensamento formal e a realidade.
     Além das operações formais e das construções do pensamento, a vida afetiva do adolescente afirma-se através da dupla conquista da personalidade e de sua inserção na sociedade adulta, pode-se dizer que a personalidade começa no fim da infância (8 a 12 anos) com a organização autônoma das regras, dos valores e a afirmação da vontade, coma  regularização e hierarquização das tendências.
      O adolescente, com a sua personalidade em formação, coloca-se em igualdade com os mais velhos, mas sentindo-se outro, diferente deles, e querendo ultrapassá-los e espantá-los, transformando o mundo.
     È  nesta fase também que o indivíduo descobre o amor, e ocorre uma projeção de todo um ideal  em um ser real, o adolescente ama sempre através de um romance, e com muita intensidade, a construção desse romance, os sentimentos, as descobertas apresenta um interesse talvez maior que sua matéria-prima, do que o objeto amado.
    Quanto a vida social do adolescente, pode-se dizer parece que o indivíduo é anti-social, mas na realidade o adolescente medita sobre a sociedade, mas a sociedade que lhe interessa é aquela que quer reformar, tendo desprezo ou desinteresse pela sociedade real, condenando-a. Além disso a sociabilidade dos jovens, afirma-se muitas vezes com o contato dos jovens entre si, aonde se formam os grupos e ali discutem o mundo real e reconstroem um mundo incomum , ás vezes há uma crítica mútua das soluções, havendo, no entanto, acordo sobre a necessidade absoluta das reformas. Depois das sociedades dos adolescentes aparecem os movimentos da juventude, nos quais se organizam e com entusiasmo coletivo colocam seus pensamentos e lutam por suas causas.
     A verdadeira adaptação á sociedade vai-se fazer automaticamente, quando o adolescente de reformados transforma-se em realizador, logo o adolescente restabelece o equilíbrio e marca assim o acesso á idade adulta em definitivo com a ajuda de profissionais como psicólogos e educadores e também do ambiente e pessoas de seu convívio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário